16 de abril de 2011
De miúdo, só se for a paciência!
Quando eu venho inventar de escrever sobre um problema pessoal e ainda pensar em publicar isso para qualquer um ter acesso é porque a situação tá complicada, viu?
Sobretudo falar de coisas que até então não ME incomodavam a tal ponto de deixar-me um tanto quanto revoltado com tudo o que tá se passando.
Sabe quando você chega a um ponto crítico de não querer estar em um determinado lugar, mesmo tendo plena consciência de que é necessário (e muito) você estar lá? Pronto. É o que vem me acontecendo nesses últimos dias.
Ir a faculdade está cada dia mais entediante. E eu explico o porquê.
Primeiro que morar a 135km da sua faculdade não é fácil. É uma hora e meia (de tempo perdido) de viagem pra se chegar no estabelecimento. Isso porque moro em Jaboatão (cidade vizinha a Recife) e estudo em Caruaru. Até aí tudo bem, porque a situação poderia ser pior como a de quem mora pelo centro do Recife, Boa Viagem ou em Olinda. É por baixo 2 horas dentro de um transporte. Ok, ok, é claro que esse não é o motivo principal da minha revolta. Essa é a realidade de muitos universitários espalhados pelo Brasil inteiro, mas é também uma das cenas da grande novela que é estudar em Caruaru.
Mas aí como se não bastasse rolar todo o stress de viagem, existe um agravante muito maior diante de toda a situação: as pessoas. Mas não só as pessoas que lhe acompanham dentro do transporte (que não lhe deixam dormir porque vem tagarelando a viagem inteira), mas também as que se encontram frequentando o dito estabelecimento. Bixo, é simplesmente inacreditável. Povo inerte. Imóvel. Indiferente. Imbecil.
Difícil, né? Complicado lhe dar com esse tipo de gente.
Claro que existem exceções. Minoria, obviamente. E prefiro zilhões de vezes estar próximo a esta minoria que perto de um bando de babaca que só tem vento na cabeça. Ainda me acusam de ter cara de mau humorado, chato e ser “fechado”. Cara, eu só procuro – e muito bem – selecionar com quem quero estar.
Mas por que tudo isso agora, depois de quase 4 anos nessa rotina? Não sei ao certo.
Aliás, sei sim.
Comecei a fazer um curso na faculdade que começou hoje de tarde (16h as 19h) e foi a gota d'água.
Tenho que ficar das 19h até as 22h (leia-se mais tempo perdido) esperando que a turma da noite largue para que eu volte pra casa. É mole? Sabe quantas horas do dia Caruaru me fez perder hoje? Façam as contas comigo:
1h30 ida pra Caruaru + 4h (12h as 16h, esperando o curso começar) + 3h esperando turma da noite largar + 1h30 volta de Caruaru pra casa.
Perdi 10 horas do meu dia?!? O.O É isso mesmo? PQP!
Pelo menos essas 3 horas deram espaço para que eu escrevesse esse texto, puto da vida, nesse laboratório precário, nesse teclado bizarro, com essa internet merda (com redes sociais bloqueadas), num software livre.
Caruaru é ou não é um atraso de vida?
Aí depois eu que sou o stressado.
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