Despertei me percebendo, olhando para o que estou sentindo e para a forma que experimento o que estou sentindo... (aff! Cabeçuda demais! Sim, e as vezes isso é bem cansativo...)
Hoje é domingo, dia 16 de abril, desde a noite de quinta que eu estava percebendo o meu corpo dando alguns indicativos de que um resfriado estava por vir... A garganta incomodou um pouco durante toda a sexta-feira, e eu fiquei bebendo muita água e torcendo para que não evoluísse, minha torcida não foi forte o suficiente e ontem eu passei o dia com o nariz corisando, iniciei uma medicação para aliviar os sintomas e aceitei que precisaria atravessar pelos próximos 2 ou 3 dias um quadro gripal/resfriado.
Ontem fiz faxina; banheiro, cozinha, roupas para lavar, trocar os lençóis, aspirar a casa e organizar os armários, passei o dia nessa função, separei algumas roupas que não uso mais para doação, troquei pouquíssimas mensagens durante o dia, estava realmente focada nessa faxina de fora pra dentro...
Sim, de fora pra dentro. Hoje amanheci às 5h30 (não queria, mas precisei acordar pra fazer xixi), fiquei um pouco reflexiva, vim até a sala ver o dia e o céu, voltei para cama e dormi por mais 1h30min. E os pensamentos, memórias e sensações começaram a se apresentar...
Um fato: TODA AS VEZES QUE EU ADOEÇO, eu disse todas, pode ser uma dor de barriga, um terçol, ou uma COVID (só foi uma vez, e eu quase endoidei), eu sou CONVOCADA a olhar para a minha a miudeza, para a minha solidão, e consequentemente para um dos meus maiores medos; o medo do desamparo.
Enquanto escrevo eu me recordo de uma sessão de terapia que eu tive há uns 5 ou 6 anos, onde eu tinha recém saído de um episódio de infecção urinária, e eu falava que nem tinha sido nada preocupante só precisei iniciar o antibiótico e a vida seguiu como se nada, mas eu entrei em contato com minha carência, entrei em contato com o sentimento de não ter um alguém para cuidar de mim, havia pouco tempo que eu tinha saído de um relacionamento... E se tem algo que eu não posso falar de nenhum dos meus ex-namorados é que eles eram displicentes comigo, todos a sua maneira, eram parceiros e cuidadosos quando eu precisava de alguma assistência.
E aí, hoje, domingo (o dia internacional do chamego), acordei me sentindo só. Confesso que já foi mais triste, mais pesado, só que ainda incomoda... E eu tenho aprendido a lidar com a falta (falei sobre isso no post anterior), não é o que eu quero pra mim, sabe? Mas é o que eu tenho agora, e preciso lidar com isso, e aí eu procuro ser generosa, paciente, cuidadosa comigo mesma. Isso não me falta, de verdade, eu tenho sido massa comigo mesma, entretanto não é o suficiente... Eu não tenho como me dar um colo concreto, tudo o que posso me ofertar, eu oferto. 💟
Quanto a gripe? Estou bem, atravessando os sintomas, lavando o nariz e tomando remédio.
Antes que alguma amiga/amigo se manifeste (nem sei quem vai ler isso aqui), eu sei da rede de afeto que possuo e sou MUITO GRATA! Mas vocês sabem do que eu estou falando... Não é sobre vocês.
Enfim, acho que por hoje é isso. Vou procurar tornar o dia de hoje o mais agradável possível pra mim, observando os diálogos que estabeleço comigo mesma, pois nessa perspectiva do cuidado afetivo eu tenho sido uma fofa comigo, mas no sentido da produtividade, do trabalho, dos estudos, eu ainda sou bem durona. 😢 Esse é tema pra uma outra publicação.
No mais, um abracinho em você que leu e chegou até aqui.
Se sentir de comentar como esse texto chega pra você, me sentirei honrada e bem acompanhada. <3
Ate breve!
Ju.
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