30 de julho de 2010

(Im)Paciência

To gorda, chata, impaciente, anciosa, inquieta... Nada me satisfaz. A saudade de casa ta doendo.
E os amigos que fiz aqui são poucos...

E agora?

Vou contar uma historinha aqui:
"Quando eu era criança, tinha tipo uns 12/13 anos, aconteceu uma fatalidade no prédio que minha
madrinha morava (um menino se jogou do 15º andar). -Não eu não vou me jogar de lugar nenhum!-
ela morava no 5º, eu sei que foi uma coisa horrorosa (eu não estava lá quando isso aconteceu) minha madrinha conta que foi um barulho muito forte... enfim, vamos ao que eu quero contar de fato.
Depois desse ocorrido, minha madrinha juntou os sobrinhos e o filho (que é só um ano mais novo que eu) para conversarmos, e esclarecer pras crianças (nós!) porque que essas coisas acontecem. Ela usou uma ótima metáfora, ela disse mais ou menos assim:

-A nossa cabeça, os nossos sentimentos são como as coisas que a gente come. Quando a gente come alguma coisa ruim, que a gente não gosta, isso vira cocô e a gente tem que por pra fora, se não põe, a gente passa mal e fica com dor. Esse menino (o que se jogou lá), com certeza tinha muita coisa ruim dentro dele que ele não colocou pra fora, por isso ele "passou mal", ele devia estar com muita dor. Então, sempre que vocês (nós, crianças!) tiverem alguma coisa ruim dentro de vocês botem pra fora, façam esse cocô sair de alguma forma, não deixem que comece a doer, combinado?!-

Nossa, vou levar essa lição do cocô pro resto da minha vida!" =)

Hoje encaro esse blog, quase como um vaso sanitário, to fazendo meus cocôs aqui, pra ver se essas coisas param de ser tão indigestas.
Ainda to com um pouco de "azia e má digestão" mas fiquem tranquilhos, nada está doendo. É muito difícil eu deixar que as coisas cheguem ao estágio da dor.

Ps.: Lá no começo falei que aqui tenho poucos amigos, que fique claro que isso não significa que não são bons amigos, acho que é uma das melhores safras de amigos que eu já tive. ;)

21 de julho de 2010

Voltando...

Após uma semana completamente atípica, cá estou com a cabeça fervilhando de pensamentos. Depois de tantas conversas com pessoas que eu não via há muito tempo, e com novas pessoas também. Minha casa ainda está de pernas pro ar, as roupas custam a secar, não durmo na minha cama des do ultimo post, mas a pesar de toda essa bagunça sinto que agora minha vida vai tomar um rumo, de verdade, um rumo. Vamos por partes agora:

Encontros:
Confesso que tinha um certo medo do que poderia ser "despertado" em mim ao reencontrar certas pessoas, mas felizmente, o encarei como uma irmã preocupada, cuidadosa, nada além disso, nada! (Feliz!)
Tive a confirmação de que sou muito apaixonada por quem já está ao meu lado, nossa como eu sou apaixonada por ele!

Amigos:
Ai, tão bom poder abraçar de novo um irmão, poder conversar besteira, rir, rir, mas rir muito dentro do carro com piadas bobas, com o jeito de falar, com os nossos gostos gastronômicos... Tão bom ter certas pessoas ao meu lado, mesmo que separados por muitos quilômetros. 
E é tão bom também conquistar novas amizades, eu me sinto tão bem quando encontro pessoas especiais no meu caminho, e isso também aconteceu essa semana.

Sentimentos:
Nunca pensei que ficaria solidária á algumas pessoas, por que quando estive no lugar deles eu fui julgada, cobrada, pressionada até chorar (Foi em outro tempo, mas a gente não esquece né?). Pois bem agora eu fui maior, eu enfiei o pé na lama junto, eu chorei junto, eu cuidei deles, me preocupei de verdade, me senti como uma deles, e eu acho que isso é ser grande.
Eles não vão mudar, vão chorar sem que ninguém veja, vão perceber que não deveriam ter cobrado dos outros como cobraram, por que dessa vez foi com eles... Bom eu acredito que todos vão tirar uma boa lição de tudo que vivemos nessa semana que passou.

No mais, eu to com muita saudade da minha familia, ai, saudade de doer.


Até. o/


7 de julho de 2010

(Re)Começo

Seguinte, vamo dá um desconto pra criatura aqui, afinal eu nunca fiz isso antes, e é tentando que a gente pega o jeito da coisa.

Esse texto que segue foi um texto que eu escrevi no fim de Novembro do ano passado, quando eu pretendia por esse blog no ar, mas foi tanta coisa no meu juízo que o texto ficou salvo no rascunho aqui e hoje quando eu fiz o primeiro post a minha angustia era tanta em por aquela agonia pra fora que eu nem li o que tava no rascunho. Agora a noite depois de conversar com algumas pessoas e de avaliar melhor as coisas, achei sensato tentar começar "do jeito certo". Esse é um pedacinho da minha história:

"Nunca pensei que um dia fosse postar algo na internet sobre o fim de um casamento de 24 anos, o casamento dos meus pais.
Pois é, quem diria que seria conselheira da minha própria mãe; "A sua vida não se resume a esse casamento!", "Agora, você tem que pensar só em você!", e etc. Pois é isso que tenho feito nesses ultimos dias, aconselhado minha mãe, com conselhos que uso pras amigas, que terminam namoros de poucos meses, sabe? Não existe uma receita para "como aconselhar mulheres em fim de relacionamentos", mas se existisse acho que seria a mesma receita, independente do tempo que durou aquele relacionamento. Ela ta superando, da forma dela, mas tá.
Do outro lado tem o meu pai. É foda falar desse homem, amo-o mais do que a mim mesma, nunca tive duvidas disso, sei o quanto tem sido dificil pra ele (mesmo que a decisão tenha partido dele), foi ele quem saiu de casa, perdeu o contato diário com as filhas, com a tv, com a sua cabeceira... É sempre muito dificil se adaptar a mudanças.
E eu? Ah, eu to bem... não sou mais criança, sei que essa é a melhor decisão, por mais que haja sofrimento, ele é inevitável nessas situações.
Faltando pouco mais de um mês pro fim do ano, eu tenho que aprender a ter uma rotina de pais separados, 1º natal de pais separados, 1º ano novo de pais separados... Faltou eu contar um detalhe importante, em janeiro eu me mudo pra uma cidade que fica a aproximadamente 3000km de distancia dessa rebordosa (ouvi muito essa palavra nesses dias, gostei dela), to indo estudar em outra instituição por um ano, mas isso é assunto pra outros posts"

Pois é, isso passou, já estamos em julho. Não, meus pais não voltaram, continuam separadinhos da silva, cada um no seu canto, tocando sua vida. Eu estou aqui nessa cidade distante, citada no texto, longe da minha familia, dos meus amigos, dos meus costumes, dos meus lugares... Eu não estive lá nesses 6 meses.
Recebi algumas visitas bem especiais, enfim, tô tocando o barco, vivendo coisas que não pensava que fosse viver, aprendendo coisas incríveis e errando, por que a gente também tem que errar.

Acho que agora eu to fazendo do jeito certo né?! Contextualizando pra poder descontextualizar. (Gostei disso!) Mais pra frente vai dar pra entender um pouco mais das coisas. Ou não.

Ps.: Não vou apagar o 1º post (o da sogra lá) por que faz parte de um desabafo, de algo que anda me aperriando mesmo. Mas quem lê faz de conta que esse é o 1º, blz?

A mãe dele.

Eu ía fazer esse primeiro post, ontem...Mas passei muito tempo arrumando o layout dessa parada, fui dormir tarde e acabei dormindo com um sapo cururu entalado na minha garganta, pra só desentalar agora.
Como esse blog tem por finalidade "os desabafos dos problemas miúdos que nos cercam" aqui vai um problema (que justifica o meu anonimato) que com toda certeza do mundo não atormenta só a mim, to falando da sogra.

Cara, eu sempre achei que esse papo de que existe sogra doida, sogra que atrapalha a vida do casal, sogra que aperreia o seu juízo sem motivo, fosse conversa pra boi dormir, por que até então eu só tinha tido sogra MARA, dessas que fazem bolo por que você vai lá, dessas que debatem a novela com você, dessas (que acima de tudo!!) deixam você NAMORAR EM PAZ o filho dela.
Eu não gosto de falar mal de ninguém não, na moral, mas é que paciência tem limite minha gente! Eu quero MUITO entender o que é que passa na cabeça dessas mulheres, elas pensam o que?! (Quando souberem a resposta to muito a fim de ouvir.) o/
Eu não queria entrar muito em detalhes, mas só pra dar um exemplo do que anda acontecendo comigo:
Estou eu e meu boyfriend, felizes, namorando (isso era tipo umas 7 e poucas da noite) quando o telefone dele toca (eu já me arrepio toda por que eu sei que é a louca da mãe dele!) a fala dele se resume a: "tá mãe. tá bom. to indo. Já vou. Viu. Já entendi. Xau."  (Oi?!)
Ele vira pra mim e fala: "Ela quer uma pizza, da pízzaria tal, é para eu levar e estar em casa as 8 e 15 com a pizza. Tenho que ir." (Juro que ele falou isso! Ah! Isso era um sábado!!)
Eu sei que quem estiver lendo isso vai culpar meu namorado, eu também culpei ele, MUITO. Mas o que acontece é o seguinte, ele não tem culpa da mãe que tem! Claro que ele pode se esforçar pra driblar essas coisas e tal... mas é que isso já é outra história, outro problema pequeno, desses que vão comendo o juizo da gente pelas beiradas, sabe? Talvez, um dia, eu dedique um post à essa outra miudeza.
Esse foi só um pequeno exemplo do que acontece comigo, ok?! (Eu deveria ser canonizada!! \o/)
No mais, acho que consegui por pra fora esse sapo cururu que anda me atormentando.
Pra finalizar, gostaria de deixar esse vídeo que a minha (também refém de sogra louca) irmã me mandou, dizendo que ia treinar nossos cachorros para recebe-las desta forma:

Beijos, abraços e até mais!

Gripei! :/

Despertei me percebendo, olhando para o que estou sentindo e para a forma que experimento o que estou sentindo... (aff! Cabeçuda demais! Sim...