5 de fevereiro de 2014

Silêncio!

Boa!
Tudo em paz?!

Nesta semana, retomei as aulas, e estou tentando me readaptar a rotina (para mim, algo verdadeiramente motivador!). Muita informação, muita gente, bons e novos projetos, novas possibilidades...
E me pego pensando, e dando ouvidos a uma inquietação que vem me provocando já tem alguns dias, e compartilho aqui.

Imagem do google

Tenho uma professora que costuma trazer a seguinte reflexão, sempre que vamos abrir uma discussão:
"O que eu vou dizer/perguntar é objetivo? Vai ajudar/acrescentar ao grupo?" Se as repostas forem "Não", é melhor que eu permaneça calada, e em um momento oportuno a minha resposta virá.

O que anda me inquietando bastante são os ruídos, entende?!
O quanto as pessoas não pensam antes de falar, antes de se posicionar, o quanto as pessoas estão carentes!! Tão carentes que diante de qualquer situação querem ser ouvidas, mesmo que seja enquanto diz algo completamente redundante, e relevante. Isso me entristece, me cansa...
E isso anda tão evidente pra mim esses dias, não sei se sou eu que ando mais sensível a tais estímulos.
O fato é que, eu tenho aprendido a calar, a pensar, a mastigar... E a reflexão que a professora traz, tem sido uma constante para mim, sabe?

O difícil (pra mim!!) é lidar com os que não dispõem dessa reflexão, dessa consciência de que muitas vezes é preciso calar, ouvir, ouvir, ouvir, pensar, pensar, e então falar.
Ando meio cansada de gente abrindo a boca pra "dispersar energia", pra tomar um tempo precioso de aprendizado com histórias pessoais, que naquele momento não estão me acrescentando em absolutamente NADA!!

Gente o silencio é tão importante, tão sagrado... Se ouçam!! Por favor, SE escutem mais!!

O curioso é que me pergunto se já não estive neste lugar de "dispersar energia", e muito provavelmente a resposta é sim, mas antes tarde do que nunca né? E eu estou cada vez mais consciente do espaço que ocupo...


É isso.

Um abraço silencioso.

28 de janeiro de 2014

O que a vida ta me pedindo (implorando!!)...

Boa!

Desde que esse (ultimo) fim de semana começou (ou seja, na sexta), que eu só observo o que a vida ta me pedindo, os movimentos...
Na sexta, fui na terapia (como boa moça complicada que sou), ouvi umas verdades, e voltei pra casa pensativa, tentei corrigir umas posturas minhas, mas não sei se deu muito certo, só sei que me tranquilizou, me trouxe leveza, e isso é o que me importa, certo?!

A noite, jantei com um irmão, dei boas risadas, encontrei amigos muito queridos, bebi, dancei, dancei e dancei... Fui curtindo a noite, despretensiosamente, e vejam vocês... Só cheguei em casa com o sol raiando (coisa que eu ainda não tinha feito esse ano!!). Mas o mais legal foram as conversas;
Ainda cedo (antes de entrarmos na madrugada), pergunto para uns amigos: "Se eu ficar com vocês e seguir para onde vocês resolverem ir (repare o medo da pessoa de "fugir" de sua zona de conforto!) vocês cuidam de mim?!" A resposta imediata: "Minha irmã velho, a gente não cuida nem da gente!! Mas fique aí vá, vai dar tudo certo." Fiquei. E não me arrependi nem por um segundo! Com o dia amanhecendo, agradeço aos amigos pela noite divertidíssima e o seguinte diálogo rola: Eu - "Minha gente que noite massa! Bom isso de não esperar nada, e acabar rolando coisas boas!" Meu amigo - "Mas a vida é isso né?! É muito mais gostoso quando não se espera nada." E não é que é verdade?! ;D

O que a vida tá te dizendo? Foto: Viagens do Zacarías.
No sábado, após passar uma tarde em família agradabilíssima, já estava em casa, jogada no sofá, de pijama, tomando chá de capim-cidreira, quando, uma amiga manda uma mensagem:
"Chego na tua casa em 5 minutos, tas pronta? Vamos pro bar." Rá! Vesti a primeira roupa que encontrei, retoquei o perfume e parti!
Novamente, ZERO pretensão para uma noite de sábado, e vejam só, tive uma noite de risadas, conselhos, filosofias, algumas garrafas de cerveja, comida apimentada e cupcake! Por volta das 3h da manhã cheguei em casa, plena.

Aí bem... Chega o domingo, aquele dia naturalmente despretensioso, que já nem se apresenta assim com tanta disposição para fazer você sair da cama... Almocinho em família, normal. Fim de tarde com a amiga/alma-gêmea que me intima à acompanha-la para o show dos amigos e para o ensaio do maracatu. Fui. E aí, você já deve estar imaginando o que aconteceu, sim, foi incrível! Brega, risadas, banho de chuva, encontros, frevo, banho de chuva, cerveja gelada, maracatu, banho de chuva, fotos, lanche... E casa as 22h!
Que delícia!!!

Aí hoje eu, sorridente, leve, tranquila, concluo: "Ok vida, já entendi. ZERO expectativas, permitir-me é a lei!"

Boa semana! Beijo no coração!


21 de janeiro de 2014

Confusão

Boa tarde,

nem sei como começar... Na verdade, vou me desculpar (se é que alguém sentiu falta disso aqui.) por ter "sumido", a ultima vez que estive por aqui foi na terça (14/01), e desde então fiquei em falta aqui no blog, no começo por falta de tempo e disposição mesmo, depois poque me permiti. Sabe quando você não tá com muito saco mesmo, pras coisas, pras pessoas, pra você mesmo?! Pronto.

Bem nestes dias que se passaram, obviamente algumas coisas aconteceram... Uma delas é que, estive no cinema, e assisti um filme que recomendo pra geral! Ninfomaníaca. Assista, tipo assista. (Esse filme ta reverberando em mim até agora. Vai entender?!)

Esse é só um dos personagens... Gosto muito do trabalho desse cara, Shia LaBeouf.
Outra coisa, tive um sonho que me despertou para umas questões, principalmente para a minha relação com meus próprios sonhos, e preciso prestar mais atenção e levá-los mais em conta... Isso foi importante. 

Ah! Eu viajei, fui até uma cidade do interior aqui do estado, bem bonita por sinal, e contemplei uma lua cheia de chorar! Pena que não pude ficar por mais tempo... Acho que foram menos de 24h, e precisei voltar para casa. Numa próxima ficarei lá, e receberei o recado que for, mas ficarei! (Grata ao meu querido "irmão" que me convidou!)

Aí eu penso nos acontecimentos, nos diálogos, nos sinais... Fiz uma viagem de mais de 3h de volta, sozinha, num ônibus... Eu ando nessa onda de meditar e conversar com meus pensamentos enquanto estou na estrada. É curioso...

Bom, o fato é que, nesta semana que passou, eu tive uns roupantes, umas coisas positivas, mas muitas coisas que me confundem... E cheguei a conclusão de que por hora, quero distancia de confusão, sério mesmo, se vai me confundir, gerar dúvida, tô passando... Quero não.

Acho que nunca fiz uma postagem tão confusa. =( 

Mas é isso, também ando com a sensação de que isso aqui, é só pra mim. Enfim.

Um beijo pra quem ler, e sei que hoje não tô ajudando muito. 








14 de janeiro de 2014

Sem conexão...

Boa noite.

Infelizmente (ou não) só consegui sentar na frente do computador pra escrever qualquer coisa, agora. Vou contar-lhe porquê:

Passei o dia inteiro (até as 18h aproximadamente) sem internet, sem linha telefônica (fixo) por causa de (mais) uma falha técnica da GVT na região em que moro.
Daí que, eu começo a me analisar, e perceber nitidamente o quanto to ficando doida. (É, doida!).
Volta e meia tendo a falar dos outros, e do quanto as pessoas tem ficado reféns das conexões (na verdade, não só eu ando falando sobre isso, né?), mas é um acontecimento da contemporaneidade, e objeto de estudo da geral (vocabulário show esse meu!!).

E perceber que EU começo a desenvolver uma relação de "dependência" dessa coisa toda, me assusta. Juro.

O "lado bom" desse tipo de situação é que passo a refletir sobre outros aspectos (aspectos esses que ficam "esquecidos" enquanto "me torno refém" da rede.)...
Na real, não vou pagar de pregadora do "Vamos contemplar o dia!", "Passear com o cachorro enquanto tamo sem internet.", "Ajudar a mãe nas tarefas domésticas.." (Esse ultimo eu fiz!! Só não saio pregando sobre.)... Eu sou gente de carne e osso, e fico ansiosa (pra caralho!) quando não estou conectada com as pessoas que quero estar conectada (nem que seja só pra saber qual foi a ultima atualização da amiga que mora fora!), mas sou do pensamento do "nada é por acaso", sim! E se eu "precisei" passar a maior parte do dia off-line, foi para que eu percebesse, entre outras coisas, que existem outras formas de estar "conectada" com quem de fato se quer estar conectado... E isso é uma via de mão dupla.

Portanto, quando a internet se restabeleceu me peguei pensando... E a conexão? (Entende?)
Não vou explicar, desculpa.

Já fui melhor em encontrar imagens... Hoje não to boa nisso não. =x

Um beijo por uma vida com mais conexões, independente da internet funcionar. ;*

13 de janeiro de 2014

Ansiedade.

Boa noite, fim de semana foi bom? (Por aqui tudo ótimo.)

Então, estava eu aqui pensando sobre o que escreveria, e confesso que são tantos os pensamentos que tomam minha cabecinha, que fico perdida, entro num leve colapso... São tantas coisas que leio e penso que dão bons "panos pra manga" que quando vai chegando o fim da tarde entro num processo de ansiedade...

Aí tento dar espaço pra inspiração, e para o que deve ser partilhado aqui neste momento...

Pedi para um amigo (muito querido!!)  para usar as imagens/ilustrações dele aqui no blog, e ele topou! Aqui o link das viagens dele.

Dei algumas chances para inspiração, mas ela insistiu nessa danada, nessa agonia, sintoma, característica, buraco, expectativa, que todo mundo tem, uns mais, outros menos, mas que em algum momento a gente reconhece esse sentimento como gerador de atitudes, pensamentos, comportamentos abruptos ou frustrações... Já dei a dica né? To falando da Ansiedade.

Eita que tem horas que eu penso que isso não é de Deus não (brincadeira, to brincando!), mas sério, pense na quantidade de transtornos que essa danada pode provocar numa criatura (eu) quando não é bem dosada, reconhecida, trabalhada...

Eu confesso, sou ansiosa, muito menos do que já fui um dia (juro! Quem me conhece ta aí pra testemunhar.), mas ainda sim ansiosa. E vou dizer aqui o que me ajuda, de verdade, a controlar e inclusive entender meus processos de ansiedade;

1. Ler. Apesar de não ser um habito (infelizmente), tenho me condicionado a ler pelo menos um livro por mês, mesmo que seja pequeno, mesmo que seja para fins acadêmicos, um livro por mês, ler me faz esquecer de qualquer outra coisa.
2. Música. A música, principalmente as clássicas mesmo, orquestradas, leves, dessas que tem finalidade meditativa, me ajudam bastante a focar minha atenção no que precisa ser feito, desde novinha, ouvir uma musica tranquila me ajuda a estudar (Tem gente - Minha mãe -  que nunca entendeu como eu posso ouvir música e ler ao mesmo tempo, mas funciona comigo.). E as vezes só ouvir a música como única atividade funciona bem também!
3. Meditar. Ainda não conseguir atingir uma concentração necessária para um bom desempenho da meditação, mas só o tentar já me ajuda a "esquecer" da ansiedade. (Tenho lido umas instruções e técnicas budistas bem interessantes, depois coloco por aqui.)
4. Escrever. Recentemente percebi que escrever me acalma, e nem digo o escrever aqui nesse blog (claro que é incrível também, trabalhar esse meu lado "blogueira", comunicadora... Enfim.), mas o escrever numa folha de papel, escrever uma carta (mesmo que para você mesma ler depois), "materializar" seus pensamentos, angústias, ansiedades. Ajuda, vá por mim, ajuda mesmo.
5. Terapia. Sério mesmo, qualquer terapia em que você se encontre, que possa ajudar você a se enxergar, se reconhecer quanto parte de um todo, e do quanto esse "todo" mexe com você. Eu fiz por boa parte da minha adolescência a psicoterapia tradicional, com psicóloga (e é claro que vou defender esta classe, como boa aspirante a psicóloga!!) divã e tudo mais. Hoje faço uma mais holística, mas que tem feito uma diferença bem significativa, tem me proporcionado, através de meu auto-conhecimento, uma força, que eu desconhecia, para encarar principalmente meus processos de ansiedade/insegurança.

Penso que essas 5 "dicas" já estão de bom tamanho, até por que se eu colocar mais alguma coisa aí vai começar a soar essas matérias de auto-ajuda que a gente sabe que na vida real é difícil pra porra uma pessoa conseguir realizar, ou ela é rica, muito rica, e não precisa se preocupar com NADA só em controlar sua ansiedade, ou é mentira.

Aí assim, enquanto eu escrevia aqui pro blog eu ouvia isso aqui ó: Takenobu. Entra aí no link e dá uma conferida, me ajuda a concentrar.
E quando eu só quero desencanar, não pensar em nada, é de uma música assim que eu preciso: Ich tu dir weh. (Legal reencontrar essa banda...)

Ah! Enquanto pesquisava para a postagem, achei essa matéria, é bonitinha, bem interessante com dicas para trabalhar a ansiedade, tem umas coisas que ainda não condizem com minha realidade, mas todas são bem coerentes: 25 maneiras de controlar a ansiedade.

Vou finalizar por aqui, por que já me estendi muito (e já me atrasei também!).

Pra você que leu até aqui, um abraço bem apertado, desses que afasta qualquer pensamento ansioso!!
Beijo!


10 de janeiro de 2014

Menos Grilos...

Boa!

Então, hoje nem vou me estender. Pra dizer a verdade acho que não vou nem contextualizar muito. Hoje ouvi da terapeuta, que por sua vez já tinha ouvido de outra pessoa, uma frase que me caiu super bem!

"Mais borboletas (para colorir), mais vaga-lumes (para iluminar) e menos grilos, faz o favor!" ;P



Beijão no coração e um fim de semana cheio de borboletas e vaga-lumes!!

9 de janeiro de 2014

Cold War

Boa tarde!

Preciso compartilhar que estou feliz, de verdade, gosto de saber que "que não estou só", sabe como é? De escrever, ser lida, e receber mensagens de incentivo. De verdade, estou muito grata, e muito feliz! =)

Hoje eu sentei aqui na frente do computador, e sempre gosto de ler, fuçar, estudar... Ouvindo música e, não me recordo bem como, me reencontrei com a Janelle Monae (Linda, Diva, Maravilhosa...), já conheço seu trabalho, e como nada nessa vida é por acaso, ouvir sua música neste momento teve sua relevância...

Compartilho hoje, aqui no Miudezas, esse clipe (que de miúdo não tem NADA!):


A atuação dela é impecável, o clipe é de uma beleza sem igual, e a letra... (eu também disponibilizo nesse link: letras.ms/74w6 )

E então, você sabe pelo quê você está lutando?

Beijão!



8 de janeiro de 2014

O que pensam de mim?

Boa!

Me peguei pensando hoje, naquele papo que todo mundo ouve, ou conversa entre amigos, pelo menos uma vez na vida... O papo de "o que os outros pensam sobre mim e blablabla..." E quando pensei nisso, me veio imediatamente uma frase que aprendi (e inclusive, foi questão de prova!) na faculdade (de psicologia) que diz assim:

"Eu sou o que penso que sou.
Eu sou o que os outros pensam que sou.
Eu sou o que penso que os outros pensam que sou."

~Desconheço a autoria, talvez meus amigos psicólogos possam ajudar.~

Facetas de mim. Fotografia realizada para um projeto da faculdade de Design, 2007.1.


Sem mais.

Um beijo no coração de quem ler. ;*

7 de janeiro de 2014

Memória...

Boa noite, tudo bem?

Estive pensando, outro dia, nas memórias que nos aguçam os sentidos (ou seria o contrário?)...
Pensei nisso em virtude do ano que acabou, 2013 não foi um ano muito fácil, teve seus méritos, sem duvidas, mas não foi fácil. Em 2013 eu (minha família) tivemos algumas perdas significativas, rupturas ocorreram (em especial no segundo semestre), e diante destes processos me pego refletindo sobre, como cada um reage diante de um "estímulo" que nos faz recordar das pessoas e/ou situações vividas, entende?

Conversando com alguns amigos já percebi que tem gente que, por exemplo, não pode ouvir "aquela" música, ou ir "aquele" lugar, e aí não consegue conter suas emoções diante da violência em que a memória se apresenta.

E observando e percebendo como isso se processa em mim, apenas um sentindo me desestabiliza...
Não sei se foram as (poucas) experiências que já tive nessa vida, ou minha parcela aquariana, ou se caracterize por um traço de personalidade mesmo, sei lá, podem ser tantas as explicações, o fato é que, pode tocar a música que dancei na minha festa de 15 anos com meu tio que faleceu, posso ir à sorveteria que ia com um grupo de amigos que hoje já não é tão presente, posso encontrar a coleira do meu cachorro que morreu durante a adolescência, posso ler a dedicatória no caderno do colégio, comer a comida típica da cidade em que morei, rever as fotos, reencontrar a família do ex... Dificilmente me abalo, sabe? A recordação existe, claro, mas não caio na melancolia, no choro, no desespero de não possuir mais aquilo (ou aquele), ou no sentimento de "nunca mais vou viver isso", ou na confusão de pensamentos...

Agora, percebes que deixei de mencionar um sentido?!...

Quer saber o que "quebra minhas pernas"? (Sim, por que eu tenho um ponto fraco neste contexto!).
O café é um caso curioso que eu tenho, não tomo, o sabor não me agrada, mas o cheiro... Ah o cheiro...
O Cheiro. Não sei por que, e talvez nem queira saber, o olfato me instiga, assim como me abala, sentir um perfume familiar, o cheiro da comida, da casa, da roupa, da pele... Memorizo de um jeito muito especial, e talvez por isso, sentir um cheiro familiar me invade de tal forma que mal consigo descrever.
O mais doido é que, eu penso que esse é o jeito mais forte de se reviver algo (talvez isso não ocorra com todo mundo, mas entenda...)
Por que você escolhe ir a sorveteria que ia com os amigos, você escolhe reler cadernos, rever pessoas, comer tais comidas, mas o cheiro não pede licença, ele chega, ele passa, ele invade...
E quando eu me dou conta, já estou revisitando sentimentos, vontades, memórias... É uma criatura que passa usando o mesmo perfume de seu tio, é uma roupa lavada que tem o aroma das roupas de cama da casa de seus avós, é o café do vizinho que te faz revisitar a infância sem que você estivesse preparado para isso, é o cheiro da pele (que você sente em sí próprio e se confunde ~ esse cheiro é meu, ou é o cheiro do corpo dele que ficou mim?)...

Pois bem, eu poderia passar o resto da noite divagando neste texto o quanto os aromas, cheiros, perfumes, me intrigam, instigam e invadem, mas antes de finalizar quero mencionar que o cheiro também cura.
Sim, eu não estou doida, á quase dois anos conheci a Aromaterapia, e esta tem, de verdade, me ajudado muito, inclusive em processos alérgicos crônicos que me acometiam durante meus momentos de inquietação, mas vou deixar para falar desta descoberta mais pra frente.

No mais, sou grata a você que leu até aqui esse relato bem particular, e fique à vontade para relatar que sentido mais mexe com você, sou curiosa... ;)

Um forte abraço!

Ps: Hoje vou deixar um vídeo que contempla muito bem essa questão do Cheiro, para mim. Além de ser um dos clipes mais sensíveis que já assisti nessa vida.


6 de janeiro de 2014

Mapa

Mapa
Me colaram no tempo, me puseram uma alma viva e um corpo desconjuntado. Estou limitado ao norte pelos sentidos, ao sul pelo medo, a leste pelo Apóstolo São Paulo, a oeste pela minha educação.
Me vejo numa nebulosa, rodando, sou um fluido, depois chego à consciência da terra, ando como os outros, me pregam numa cruz, numa única vida. Colégio. Indignado, me chamam pelo número, detesto a hierarquia.
Me puseram o rótulo de homem, vou rindo, vou andando, aos solavancos. Danço. Rio e choro, estou aqui, estou ali, desarticulado, gosto de todos, não gosto de ninguém, batalho com os espíritos do ar, alguém da terra me faz sinais, não sei mais o que é o bem nem o mal.
Minha cabeça voou acima da baía, estou suspenso, angustiado, no éter, tonto de vidas, de cheiros, de movimentos, de pensamentos, não acredito em nenhuma técnica.
Estou com os meus antepassados, me balanço em arenas espanholas, é por isso que saio às vezes pra rua combatendo personagens imaginários, depois estou com os meus tios doidos, às gargalhadas, na fazenda do interior, olhando os girassóis do jardim.
Estou no outro lado do mundo, daqui a cem anos, levantando populações… Me desespero porque não posso estar presente a todos os atos da vida.
Onde esconder minha cara? O mundo samba na minha cabeça. Triângulos, estrelas, noites, mulheres andando, presságios brotando no ar, diversos pesos e movimentos me chamam a atenção, o mundo vai mudar a cara, a morte revelará o sentido verdadeiro das coisas.Andarei no ar.
Estarei em todos os nascimentos e em todas as agonias, me aninharei nos recantos do corpo da noiva, na cabeça dos artistas doentes, dos revolucionários.
Tudo transparecerá: vulcões de ódio, explosões de amor, outras caras aparecerão na terra, o vento que vem da eternidade suspenderá os passos, dançarei na luz dos relâmpagos, beijarei sete mulheres, vibrarei nos cangerês do mar, abraçarei as almas no ar, me insinuarei nos quatro cantos do mundo.
Almas desesperadas eu vos amo. Almas insatisfeitas, ardentes. Detesto os que se tapeiam, os que brincam de cabra-cega com a vida, os homens “práticos”… Viva São Francisco e vários suicidas e amantes suicidas, os soldados que perderam a batalha, as mães bem mães, as fêmeas bem fêmeas, os doidos bem doidos. Vivam os transfigurados, ou porque eram perfeitos ou porque jejuavam muito… viva eu, que inauguro no mundo o estado de bagunça transcendente.
Sou a presa do homem que fui há vinte anos passados, dos amores raros que tive, vida de planos ardentes, desertos vibrando sob os dedos do amor, tudo é ritmo do cérebro do poeta. Não me inscrevo em nenhuma teoria, estou no ar, na alma dos criminosos, dos amantes desesperados, no meu quarto modesto da praia de Botafogo, no pensamento dos homens que movem o mundo, nem triste nem alegre, chama com dois olhos andando, sempre em transformação.
~Murilo Mendes~
~
Sou grata a uma linda flor, que me presenteou com esse poema e com sua amizade. =)
[Beijo pra Tu Eli!]
Beijo pra você que leu também!
Boa semana!

3 de janeiro de 2014

Conspiração...

Boa tarde,
Hoje trago um combinado de mensagens que chegaram até mim e que soam como uma conspiração... 
Resolvi compartilha-las por que penso que eu também posso promover "conforto" para alguém que precise neste momento.



A primeira mensagem, eu lí num link de uma conhecida distante que compartilhou antes das festividades de fim de ano:

Leis de sucesso:
- Lembre-se de quem você é.
- Saia da sua zona de conforto. Confie na seqüência dos fatos.
- Seus medos são os únicos impedidores que de verdade o desviam do seu sagrado caminho.
- Sua vida é única. Você é único.
- Retorne para si mesmo. Este é o chamado de 2014.
- Leia e leve a sério as suas sensações. São elas que sempre lhe darão o caminho correto a seguir.
- Se sentir que algo não é bom não faça, não vá. Se sentir que é bom, confie, flua.
- Pensamentos posteriores, quando desviantes, sempre vêm impregnados de crenças disfuncionais. São baseados no medo da não sobrevivência.
- A sua intuição é o seu anjo da guarda. Sempre.


Essa mensagem constava num site de auto-ajuda (http://somostodosum.ig.com.br), mas achei bem pertinente tais leis de sucesso.
~
A mensagem seguinte, eu recebi de um irmão (desses que a gente escolhe, sabe?) que mora longe, mas que cada vez que nos encontramos temos a certeza de que estamos sempre juntos, e ele me mandou essa mensagem (de celular) depois de uma conversa que tivemos sobre os processos de encerramento e renovação, e todas essas coisas que envolvem todo esse "ritual" de mudanças de ciclos (não só referente à virada de ano)... A mensagem era mais ou menos assim (não vou reproduzi-la integralmente porque envolvem acontecimentos particulares, que não vem ao caso):

"Você pode lidar com a escolha do outro com a mesma dor do dia em que recebeste a notícia, ou pode lidar como um presente. Um 2014 mais livre de expectativas. Um ano novo de mais amor próprio e paixões avassaladoras... No meio disso, você pode chorar. Aproveita que tens com quem conversar quando precisar."

(Amo tanto os amigos que tenho!)
~
A terceira mensagem que trago, eu lí numa página de psicologia do facebook mas que fez MUITO sentido na hora que eu pus os olhos nela, praticamente um mantra para mim:

"Não sou mais a mesma
Eu não mudei apenas o cenário
e os meus personagens:
Eu mudei a mim,
mudei meus hábitos e comportamentos.
Decidi seguir adiante, me lançar no desconhecido.
Nada, ninguém me pertence,
mas muitos me interessam.
Nisso encontrei minha libertação..."
~Marla de Queiroz~

(Não me perguntem quem é Marla de Queiroz, não faço ideia, só fui contemplada com sua sensibilidade.)
~
Por fim, até por que já me estendi demais, uma simples frase que tem mudado a minha maneira de encarar tudo... Essa mensagem eu ouvi de um Querido amigo, que sempre me coloca diante de mim mesma, e me faz voltar pra casa intrigada...

"Você precisa de muito menos que isso para ser feliz, filha."
~Claudius~
~
Bem, é isso.
Bom fim de semana (não devo escrever no fim de semana, mas se rolar, eu apareço aqui.), muita paz.

Obs.: Ah! Eu me coloco a disposição para conversas, dúvidas, comentários, sugestões, a cerca do blog.

Sugestão de Leitura: Enquanto escrevia, só me veio a mente um livro chamado "Eu sou o mensageiro...", que lí já tem alguns anos. Como ele ficou tão insistente em minha mente, resolvi indica-lo. 

Beijo!

2 de janeiro de 2014

O peso que a gente leva...

Feliz ano novo!! =)

Mais de um ano sem aparecer, na verdade quase dois anos sem dar as caras por aqui. Muitas coisas, muitas coisas aconteceram... Porém elas não vem ao caso neste momento.
O que acontece é que, reveion (tá errado, eu sei, mas gosto de escrever assim. Beijo.) passou, 2013 acabou, e um novo ciclo se inicia...
Hoje, ao acessar meu e-mail para uma faxina básica, me deparei com a mensagem a seguir, e esta me despertou uma vontade muito prazerosa de voltar a escrever nesta página, em transforma-la, reutiliza-la, torna-la veículo de mensagens como esta.
Para contextualizar: Um dos meus objetivos para este novo ano é viajar, muito, para longe, para perto, o quanto puder (ultima viagem que fiz foi em 2011 ~ chorei. ~ Vindo de um ritmo de 5 anos com no mínimo 2 viagens por ano! ~ Nunca saí do país. ~).
E refletir sobre o peso de minhas bagagens (principalmente diante desta viagem que realizamos desde do instante que nos tornamos "vida"), se fez bem pertinente neste momento, me identifiquei muito com o texto, inclusive com a maneira de escrever.
Espero que para quem ler, também sirva como um "despertar".
~
O peso que a gente leva...
O perigo da viagem mora nas malas. Elas podem nos impedir de apreciar a beleza que nos espera. Experimento na carne a verdade das palavras, mas não aprendo. Minhas malas são sempre superiores às minhas necessidades. É por isso que minhas partidas e chegadas são mais penosas do que deveriam.
Ando pensando sobre as malas que levamos...
Elas são expressões dos nossos medos. Elas representam nossas inseguranças. Olho para o viajante com suas imensas bagagens e fico curioso para saber o que há dentro das estruturas etiquetadas. Tudo o que ele leva está diretamente ligado ao medo de necessitar. Roupas diversas; de frio, de calor – o clima pode mudar a qualquer momento! – remédios, segredos, livros, chinelos, guarda chuva – e se chover? –, cremes, sabonetes, ferro elétrico – isso mesmo! – Microondas? – Comunique-me, por favor, se alguém já ousou levar.
O fato é que elas representam nossas inseguranças. Digo por mim. Sempre que saio de casa levo comigo a pretensão de deslocar o meu mundo. Tenho medo do que vou enfrentar. Quero fazer caber no pequeno espaço a totalidade dos meus significados. As justificativas são racionais. Correspondem às regras do bom senso, preocupações naturais para quem não gosta de viver privações.
Nós nos justificamos. Posso precisar disso, posso precisar daquilo... Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado? As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez? Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada. É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence. E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É consequência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.
É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.



Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos.. .
Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.
Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro.

Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.
~
Obs.: No e-mail que recebi, constava como sendo de autoria do Pe. Fábio de Melo, não conheço a veracidade desta informação, nem os trabalhos do Padre, mas deixo aqui registrada minha gratidão pela mensagem ao autor.
E para quem encarou ler até aqui, meu muito obrigada também.
Paz, luz e um forte abraço nesta viagem!

Gripei! :/

Despertei me percebendo, olhando para o que estou sentindo e para a forma que experimento o que estou sentindo... (aff! Cabeçuda demais! Sim...